Por Kelvia e Leal
Faltava apenas um mês para as tão esperadas férias quando, finalmente, o destino dos momentos de lazer foi decidido. Jijoca de Jericoacoara, Ceará, Brasil. Considerada pelo jornal americano The New York Times como uma das mais belas praias do mundo, é carinhosamente chamada de Jeri. Aos 25 anos de vida e de Fortaleza, era quase inadmissível não conhecermos um ponto turístico tão procurado por estrangeiros e que fica logo ali, a cerca de 300 km da capital. Ainda mais nós dois que adoramos aquela sensação de separar as roupas, tirar a mala do armário e colocar o pé na estrada rumo a descobertas geográficas. Nós somos Kelvia (quem escreve) e Leal, meu namorado. Recebemos a missão de transcrever a nossa experiência de viagem para o blog da Discovery Tour, empresa por onde fechamos o pacote. Por isso, a seguir, vocês vão encontrar mais do que relatos. São dicas de transporte, hospedagem, restaurantes e passeios. Espero que aproveitem. Boa leitura!
Faltava apenas um mês para as tão esperadas férias quando, finalmente, o destino dos momentos de lazer foi decidido. Jijoca de Jericoacoara, Ceará, Brasil. Considerada pelo jornal americano The New York Times como uma das mais belas praias do mundo, é carinhosamente chamada de Jeri. Aos 25 anos de vida e de Fortaleza, era quase inadmissível não conhecermos um ponto turístico tão procurado por estrangeiros e que fica logo ali, a cerca de 300 km da capital. Ainda mais nós dois que adoramos aquela sensação de separar as roupas, tirar a mala do armário e colocar o pé na estrada rumo a descobertas geográficas. Nós somos Kelvia (quem escreve) e Leal, meu namorado. Recebemos a missão de transcrever a nossa experiência de viagem para o blog da Discovery Tour, empresa por onde fechamos o pacote. Por isso, a seguir, vocês vão encontrar mais do que relatos. São dicas de transporte, hospedagem, restaurantes e passeios. Espero que aproveitem. Boa leitura!
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Foto na famosa Pedra Furada |
O que levar
Seja básico! Passamos cinco dias e levamos pouca bagagem. Podíamos ter levado menos ainda. Para as mulheres, a dica é levar nada mais que uma sandália rasteirinha, shorts, camisetas de alça, saídas de banho e biquíni. PROTETOR SOLAR FATOR 60, de preferência. Fui com a intenção de pegar aquele bronze do verão e me empolguei muito no primeiro dia. Resultado: pele queimada. Segundo uma guia de turismo que nos acompanhou em um dos passeios, é comum registrar 40 graus em Jeri. Homens: sejam mais básicos ainda. Bermudas, chinelas e camisetas.
As pousadas já oferecem toalhas, mas é interessante que você leve uma para praia e para os passeios. Ela também vai quebrar um galhão quando você estiver em cima do buggie e não agüentar mais o sol. ÁGUA! Leve várias garrafinhas. Na cidade elas são vendidas e nem são tão caras, mas não custa nada se prevenir e levar algumas na bolsa para beber no caminho.
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Praia Jeri |
Para os antenados em tecnologia, atenção! A cidade é coberta por sinal das seguintes operadoras: OI, TIM, CLARO E VIVO. Ou seja, fotos tiradas na hora e postadas direto nas redes sociais. E o melhor! Com uma velocidade muito boa. Podem levar seus tablets, celulares, notebooks, etc. Boa parte das pousadas e hotéis conta com rede wi-fi.
O trajeto da ida
Bem, eis a parte não tão boa da viagem. Saindo de Fortaleza e indo de ônibus, como foi nosso caso, se prepare para cinco longas horas de estrada. Apesar do conforto do transporte até chegar em Jijoca – a sede do município – você chega um pouco enfadado. Tivemos um imprevisto e nos atrasamos mais de uma hora por conta dos outros passageiros. Alguns turistas se atrasaram no horário marcado pela agência para eles estarem na porta do hotel, o que acabou tirando o humor de muita gente.
Às 7h15 já estávamos na porta do hotel marcado e só saímos de Fortaleza com destino à Jeri às 10h. Chegando em Jijoca, preparem-se para emoção. Como Jericoacoara é tombada como patrimônio ambiental – Parque Nacional de Jericoacoara –, não existe estrada de asfalto até lá. Por isso, apenas veículos 4x4 são indicados para o trajeto. Existem alguns corajosos que resolvem ir de carro de passeio comum, o que não sugiro. Mesmo secando os pneus para andar na areia, só quem conhece o caminho até o vilarejo consegue chegar, já que não existe quase nenhuma sinalização. Quem preferir pode ir de carro até Jijoca e deixá-lo estacionado em algumas pousadas e casas, que cobram de R$ 10,00 a R$ 15,00 a diária.
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Redinha na lagoa |
Em Jijoca, pegamos uma caminhonete que tem a parte da caçamba aberta com alguns banquinhos, ao estilo “pau-de-arara”. Meninas... prendam os cabelos e segurem os vestidos. O vento e a areia serão seus inimigos. Também existem as jardineiras, que são bem mais confortáveis, mas isso fica a critério dos guias locais. No caminho, nosso carro atolou! E o carro que veio ajudar a empurrá-lo, acredite, também atolou. Foi a alegria dos gringos que iam com a gente. Muitas fotos, filmagens e piadinhas. Para muitos, a aventura de conhecer Jeri já estava começando. Para quem quiser esperar e deixar para conhecer Jeri no final do próximo semestre, o Governo do Estado anunciou que o aeroporto que está sendo construído em Jijoca já estará pronto.
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Duna de 80 metros |
A chegada
Nada de calçamento nem asfalto. O vilarejo é todo de areia. Saindo da pousada, caminhando para os restaurantes. Tudo na areia. É uma sensação diferente. Ficamos hospedados atrás da Duna do pôr do sol, o que foi uma mão na roda para ver o sol se pondo atrás do mar várias vezes. Vários sotaques podem ser ouvidos. Alemão, inglês, francês, italiano... Uma mistura de culturas impressionante. Todos em busca de paisagens deslumbrantes.
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Pôr do Sol na praia |
E ainda
Onde comerPara quem gosta, assim como eu, de viajar para comer, Jeri é o lugar certo. Por ser uma praia dominada por pessoas de várias nacionalidades, lá você vai encontrar de tudo um pouco. Massas, frutos do mar, comida regional e até sushi. O preço não é exorbitante, principalmente se você tem a intenção de comer bem. Um prato de camarão – bem servido – para duas pessoas sai por volta de R$ 55,00. A única reclamação é contra uma pizzaria, a Pizza Banana. Nosso guia nos indicou a pizzaria como sendo a melhor de Jeri. Realmente a pizza é gostosa, mas o atendimento... Nossa! Ficamos esperando uma hora e meia pela pizza. O garçom entregou nossos dois pedidos em mesas erradas, demorava a trazer até água. Uma decepção. A noite só foi salva graças a boa música que tocava – voz e violão – e às companhias agradáveis. Na internet encontramos outros clientes reclamando do local. Tirando isso, todos os outros restaurantes são muito bons. Dicas: Restaurante Dona Amélia e Sabor da Terra.
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Restaurante Dona Amélia |
Hospedagem
Ficamos hospedados na Pousada do Norte. Ela fica bem atrás da famosa duna do pôr do sol e, como no vilarejo tudo é perto, dá para ir a pé de lá para qualquer lugar. O local é bem agradável. Nosso quarto tinha ar-condicionado, uma cama de casal e uma de solteiro, frigobar, chuveiro quente e televisão com parabólica. Na área externa ainda tinha uma redinha para dar aquela relaxada. A piscina, apesar de não ser muito grande, ajudou muito a aliviar o calor. A única coisa que deixou a desejar foi o café da manhã. Apesar de ser uma pousada, e não um hotel, já visitei outras como o café da manhã bem mais variado e gostoso. Nas voltas que demos por Jeri, vimos muitas pousadas, mais do que hotéis. Elas parecem ser a opção mais comum dos visitantes. Dos hotéis que tive oportunidade de ver por fora ou por cima, o Wind Jeri pareceu ser bem bacana. Quartos com varandas individuais e área da piscina bem ampla. O hotel mais famoso por lá é o Vila Kalango, que fica ao lado da Pousada do Norte.
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Jacaré Quara |
Curiosidade
Nós cearenses também achamos estranho o nome Jericoacoara. Na viagem descobrimos sua origem. Segundo os guias, quando o vilarejo foi descoberto por volta de 1.600 (e alguns quebrados que não lembro exatamente), os nativos viam na formação de dunas e serrote a imagem de um jacaré deitado ao sol. Quem costuma lavar roupa sabe que deixá-la exposta ao sol chama-se “quarar”. Ou seja: “jacaré quara”... deitado ao sol. Com as adaptações, JERICOACOARA!
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Pôr do Sol em Jeri |
Por Kelvia Alves e Leal